quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Irresponsabilidade


 Descobri ontem que o passado passou e a irresponsabilidade que tínhamos era doce e foi totalmente reflexiva ao nosso presente que poderíamos pensar naquela época que seria nosso atual futuro.
Sair com 75 centavos e passar a tarde inteira nas praças bebendo, conhecendo pessoas e seguir caminhos aleatórios procurando mulheres lindas, vestidas de preto que nunca apareciam, tudo isso foi eu.
   As velhas correntes permanecem em meu guarda roupa, as falas de amor perdido por uma pessoa que nem lembro mais ao certo como era o rosto, nossas noites de bebedeira e provando um para o outro de como éramos tristes, mas pensando bem, vejo como eramos felizes e não sabíamos.
Tudo o que aconteceu foi bom,todavia tudo foi correto, pois não tínhamos o que pensar, somente sentir como era tudo momentaneamente.
Fiz-me homem naquela época, e finalmente encontrei o que sou , uma pessoa que é muito feliz e continuará muito feliz, pois tenho todos vivos e amando.
Infelizmente com a responsabilidade vieram os conflitos, conflitos e mais conflitos , como dizem :
"Depois da tempestade , vem a calmaria", logo estamos na mais perfeita paz, escrevo aqui para morrer e entrar na história, como sempre renasço vivo e morro a cada segundo que penso.
Adeus, porque morri , olá porque vivo. Amém

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"A Musa perfumosa do valão"

Cresci e me fiz moça bonita, vivi no mais belo mato que a natureza há de deixar para trás, agora destruído e limpo para os prédios industriais.
Tive vários nomes, Marília, Teresa, Helena, Cunegundes foram alguns deles, os bichos aparecem quando canto e os homens encantados se apaixonam.
Será que sou bela, será que sou gorda, isso não importa o meu remexer faz com que as cadeiras do” Caderudo” fiquem eretas e o Saci crescer a outra perna, sou filha de Vicente, Zeus, espírito de Luz, também fui chamada de Maria  das Causas Impossíveis, tenho vários nomes e personalidades e até hoje fico pensando no valão que hábito.
Já fui secretária da beira do Caís, hoje fico entregue as bebidas, com a garrafa de água ardente aguardando meus clientes, porque tenho que trazer inspiração ou conforto, sou todas aquelas puras e sujas, sou o que você quiser basta pagar, sou uma prostituta, santa, o que basta é ser lembrada.
Vulgarizam minha alcunha, vivo no valão de verdades, porque lá as coisas que saem são verdadeiras, fedem a esgoto e contaminação de meus pensamentos, reflexos que um dia refletiram a maior das belezas do mundo, ou seja, o teu olhar.



P.S.: Escrito pela Puta de Valão.

domingo, 3 de outubro de 2010

"Boneca Cobiçada"

Quando eu te conheci
Do amor desiludida
Fiz tudo e consegui
Dar vida a tua vida
Dois meses de aventura
O nosso amor viveu
Dois meses com ternura
Beijei os lábios teus
Porém eu já sabia
Que perto estava o fim
Pois tu não conseguias
Viver só para mim
Eu poderei morrer
Mas os meus versos não
Minha alma há de seguir
Ferindo o coração.
Boneca cobiçada
Das noites de sereno
Seu corpo não tem dono
Seus lábios tem veneno
Se queres que eu sofra
É grande o seu engano
Pois olha nos meus olhos
E vê que não estou chorando.


Composição:Bia/Bolinha




Sem palavras , muito bom...

"Sempre"?

   Não sinto mais vontade de escrever , simplesmente não sei o porquê faço, aqui as coisas parecem tão distantes , entretando estão tão perto que não penso na simplicidade ou dificuldade.
  Antigamente nas noites mais frias do meu mundo a "BIC" rabiscava o caderno azul na esperança que algum dos meus terrores voltasse , mas agora tudo passou é passado passageiro...
  O Café e o cigarro sempre amigos acompanhavam nas noites , agora olho para as janelas sempre sem pensar se as pessoas que moram lá gostam de comer arroz e feijão , tento ver na mais funda alma as coisas que são belas , mas a beleza está apenas escondida em todos , basta  não ofuscarmos mais.
  Agora escrevo com vontade de sentir e ser como eu era a 6 anos atrás , porque naquela época se eu tivesse 3 reais , um maço de cigarros , bebida e companhia dos amigos tudo estava mais que perfeito.
O que basta  é re-ler tudo , pensar em tudo e ver o mundo como a maior podridão mais bela e abstrata que ele esconde, sempre oculto , sempre escondido , sempre com xurume e o mais estranho que percebi:
"Existem os safados que dizem ser inocentes  porque querem usar os inocentes e os inocentes que dizem ser safados porque querem continuar sendo inocentes".
  Pronto , agora escrevi ,aposto que tem muitas coisas erradas , mas que permaneça assim , não me importo ,se sentirem vontade de corrigir o façam , mas deixarei , deixarei , pronto , sempre.

sábado, 2 de outubro de 2010

"Não pensei "

Sozinho sou rei , porque minhas responsabilidades são impostas por "Deus".
No reino do amanhã o tempo de um segundo duram anos e os anos pensando bem são apenas aquilo que pensamos.
Todo Universo voltado ao castelo de futilidades que um dia criamos.
Sentimentos foram roubados por ladras, tirando o amor e a existência fria da escrita , apagada como a tocha de Prometeus.

Nada durou ou foi capaz de existir , porque apenas morreu.
Vontade de amar sempre temos , mas querer ter amor nunca foi o que pensamos.

Antigamente...

Quando eu era bem mais novo , costumava escrever para tentar refletir sobre o mundo em que vivo , criei certos personagens e terei o maior prazer de mostrar.
Esta é uma poesia que escrevi com 15 ou 16 anos .


" O cair da noite"

O anoitecer estrelado com a óbvia inspiração;
O que acontece é relapso ao coração;
Uma imagem distorcida de solidão;
Querendo se tornar uma razão.

Os Clichês que fiquem calados;
Pensando em seus erros calculados;
A amargura de um sofredor;
Procurando pelo prazer da Dor.

Nossa razão está perdida;
Como tudo o que há na vida;
Torna-se Fácil corrigir;
O que é diícil é Agir.

Identidades trocadas por "pouco";
Os vários" Eus" se tornam poucos;
As pedras que fazem o  pensar perecer;
No Anoitecer...