quarta-feira, 4 de maio de 2011

Poesia Confeitaria.

Nossa, eu estava escrevendo algo mega profundo e simplesmente por um  passe de mágica minha tela aqui ficou branca e pensei...
O que eu estava escrevendo mesmo?
Deixa estar.

Ah, lembro de uma parte, disse que iria escrever a poesia mais doce do mundo, aquela que mataria um diabético se desse uma mordida nela ou deixaria o obeso mais viciado em guloseimas com nojo;
Foi então !









Como poderias tu roubar minhas utopias com um sorriso?
Simplesmente porque os meus sonhos foram realizados quando te vi
A demora da tua partida foi o motivo para a maior das minhas tristezas e a certeza que um dia tu vai chegar é a maior das minhas expectativas
Sempre em primeira pessoa do singular escrevo porque sempre quando penso em mim é motivo para pensar em ti, parte do meu "eu"
Minha única, meu sonho, realeza.
Na noite húmida penso nas tuas cobertas quentes e secas que logo ficarão amarotadas com os nossos abraços e suspiros.
Realmente uma pena, pois tua cama  é toda de madeira e tua coberta são sete palmos de Terra, descanse em Paz.




Fim.

E ai, ficou muito melosa?
Até mais ver queridos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Churras.

Lembro-me muito bem daquela tarde em que passamos juntos, compravamos roupas para nosso enxoval porque nosso filho estaria para vir.
Sinto saudade de nossas fantásias realizadas, os cafés da manhã tão lindos, as frutas, geléia, paozinho com manteiga, essas coisas que alegravam todos nossos dias.
Houveram milhares de razões eu sei, mas ainda não entendo o porquê disso tudo, simplesmente ainda não sei, por quê?
Escute-me bem, para de gritar, pare de gritar, tu me obrigou a fazer isso, cheiro de carne?
Deve ser do Bife...
A sua carne não é bife, é pele?
Acho que estás completamente pertubada, tu me obrigas as fazer isso, para de gritar eu repito, pare...
Estou sentindo meu corpo doer, o fosfóro caindo sob minha cabeça e aquela que eu amava tanto e abrigava dentro de mim foi embora, agora sinto o cheiro de churrasco e a dor mais alta que meus gritos, porque passou, tudo passou e agora...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Desculpas

Desculpa por não saber brincar, apenas expor a verdade na brincadeira
Desculpa pelo o que eu fiz, se eu não tivesse feito, nunca teriamos nos encontrado
Desculpa pelo o que sou, se eu não fosse assim, quem sabe eu nunca teria te encantado
Desculpa pelos meus gostos músicais, porque para mim, tua voz e teus gemidos são sinfonias
Desculpa por  mentir que não te amava, porque infelizmente sou um ótimo mentiroso
Desculpa por ter feito parecer sexo fácil, porque depois, o único corpo que me apetece é o seu
Desculpa pelas brigas e trapaças,  porque elas é que apimentavam nosso relacionamento
OBRIGADO,  sou eternamente grato, por tu  nunca ter existido, porque se  existisse seria impossível pedir desculpas.

terça-feira, 1 de março de 2011

Interessante seria apenas a vontade de sentir o que somos, será que igual para mim seria igual para ti, fiquei aqui tanto tempo observando, observando, já que minhas mãos deixaram a muito de existir e meu corpo agora deixou de  ser visto a muito tempo.
O velho lugar onde as pessoas costumam sentar e ficar jogando conversa fora, os liquidos servidos em canecos, copos ou qualquer lugar, até mesmo o chão que homens viram cachorros apenas para apreciar a falta de capacidade de sentir o que é sem se alterar.
Fico aqui parado, olhando, mais uma vez olhando, sem motivo aparente ou  esqueci a existência do que ela é feita, para ler a alma e o caminho daqueles que foram esquecidos e passam despercebidos pelas ruas na madrugada.
Trabalhadores noturnos ou diurnos, qual a diferença de luz e trevas, se ambas em excesso podem cegar, será que é melhor ver o eterno branco ou o eterno claro?
Tanto faz na verdade o que precisamos ver está dentro de nós.
Meu caminho está farto de possíbilidades e tristezas, continuo assim, no mesmo lugar, sem motivo aparente , simplesmente por estar.
O que fui, o que sou , o que serei?
Mesmo morto deixei de ter a resposta e aposto minha eternidade que a maioria dos vivos tem a mesma pergunta que eu, e admito com todo o coração, orgão que como eu disse deixou de me pertencer a muito tempo, ninguém tem a resposta, mas, sabe...
-Eu adoria perder essa aposta.







P.s:  Sou o  um espírito zombeteiro e você, sabe o que realmente é?

Quando o valão era nascente.


Queria muitas vezes conhecer tuas roupas de cama e o motivo de eu ser assim foi o pecado que tu fizeste para mim.
Vivia linda, na pureza do meu ser, pretendia casar, ter filhos e uma casinha com cerca branca e um dia ser chamada de rainha, infelizmente tu apareceu na minha vida, prometeu-me glória e um futuro lindo, o que no fundo do meu coração, sua rainha tinha deixado o trono e depois regressou com teu filho no colo.
Tentei olhar no fundo dos olhos da criança, mesmo ele não vindo do meu ventre, tentei chama- de filho, fazia pouco tempo que eu tinha deixado minha boneca branca com pele desbotada de meus pequenos braços, o motivo que fiz isso sabe muito bem, com uma voz rouca e possante me chamou de meu amor, minha mulher.
Abandonei tua casa, teus falsos braços  e principalmente os teus lençóis, já que tinhas feito isso comigo, iria para onde regressei o meu valão particular.
Uma garrafa de Belinha comecei a beber para aturar o cheiro dos meus amigos camaradas que ali transpiravam e ejaculavam todos os líquidos dos seus corpos, acariciavam-me com suas mãos calejadas e voltavam para seu ofício, seus lares, suas rainhas.
Infelizmente isso é um ciclo de bobagens, sempre é " desculpa fiz uma bobagem, vacilei", de vacilo a vacilo, bobagem e bobagem eles vão para o plural e foi exatamente isso que ele fez pra mim.
Será que meu príncipe que habita o castelo de diamante ficará com vergonha de mim?
Será?
Essa história ficará bem longa e estou sem tempo de continuar, voltarei para o meu valão particular, porque ali as pessoas depositam todos os seus restos, lixos do corpo e da alma, logo, o cheiro que chamamos de Xurume chamo apenas do perfume da verdade.
Continua...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

" A oportunidade".

Dizem que a oportunidade é uma bela mulher careca que passa ao nosso lado,é careca porque devemos abraça- lá, se tivesse cabelos quando ela se afastasse nos puxariamos e a machucariamos perdendo-a.
Logo, a oportunidade de ficar apaixonado passa, felizmente eu deixei  passar propositalmente do meu lado, porque a paixão só destroi e o amor é a força construtora de todo nosso ser.
Então amo tudo o que faço, não sou apaixonado por isso, porque não quero ser morto por eu mesmo, e se o amor um dia me matar, quero que seja da mesma maneira que um homem que todos ouvimos falar, ele era carpinteiro...
Por isso, aproveito as oportunidades, certas, só as certas, porque a felicidade de amar está com elas e comigo.

Um Abraço.

Nenhum título.

Finalmente conseguiste fazer o coração que era brasa queimar no maior dos fogareis inumanos.
Os lugares que pertencem a realidade a muito deixaram de te pertencer ou simplesmente nunca te pertenceram.
O Porquê de escrever essas bobagens que sinto vontade e indiferença de apagar?
"Sei lá", acho que é uma ótima resposta.

Foste uma flor de Jambo que estou escrevendo com todos os clichês possíveis e imaginaveis de uma mente doentia, entregue a perversidade e as bebidas! Quando se bebe minha cara é para esquecer, mas quando o amigo tridestilado de cana de açucar perde seu efeito volta a brasa apenas para não apagar está maquina maldita que chamo de coração.

O céu estelar são seus olhos e o mundo é seu corpo que necessito para viver, afogar-me com a doce lagoa que são seus lábios e minha carcaça quando ficar putrefada e rígida ser enterrada nas suas matas.
Fui muitas pessoas para ter vocês, joguei de todas as formas impossíveis, agora quero apenas a realidade de ter você ao meu lado, seu nome também é incerto, por isso garanto minha senhora que você nunca existiu.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Nas águas da pureza.

Estava eu sentada na cadeira de palha, olhando levemente para a casa de madeira, os anúncios de cerveja e as pessoas de forma rústica andando de um lado para o outro.
Fiquei aguardando, a garrafa de cerveja levemente vazia  em contato com a luz refletindo um dourado fascinante e estranho na mesa de plástico branco.
Homens com chapeis  de palha, mulheres com roupas pequenas rebolando para todos os lados, sentadas como eu, esperando.
Peço, mais uma cerveja, na verdade é a terceira da minha noite, pego na minha bolsa um maço de cigarros amassado e retiro com os dentes e sinto o gosto do fósforo quando acende, descendo pela minha garganta, com um sabor único e raro, na verdade minha parte favorita das tragadas.
Permaneço com minha bunda entre a cadeira, que sinceramente está perto de cair, meu corpo muito magro além de mal alimentado é necessário para minha profissão, sou uma secretaria de certa forma especial.
Fico ali observando, até que um homem senta na minha mesa, faz alguns cochichos , o cabelo com gel, sorriso encantador, cabelos muito pretos, extremamente alto e super simpático.
Anoto em um guardanapo um número, ele me observa e toda aquela postura de titã desaba em palavras, parece tão culto, tão sensível que vi em seus olhos o reflexo de sua tristeza.
Ele falou que um grande amigo disse assim:

" Para que atrair pessoas iluminadas?
 Preciso atrair pessoas que precisam da luz, para ajudá-las".

Isso foi de um profundo momento de reflexão, mas preciso comprar mais cigarro e cervejas, falo algo desaforado para o homem que está entregue as bebidas fortes, porque disse que perdeu um grande amor que nunca existiu.
Levanto-me, saio do bar, pego o ônibus e sigo para lá, meu segundo lar, o lugar onde gosto de estar a terra de chão batido, as casas de madeira, com pregos enferrujados, pessoas  com roupas surradas e o rosto estampado indiferença.
A paisagem mudou, os prédios, muitos prédios, desço tão de repente em uma parada dentro da cidade, na mesma parada no centro pego outro ônibus em direção a zona norte, desço lá no valão.
Baixo minha blusa levemente, bebo mais, muito mais  para aguentar o frio da noite, e fico esperando, minha vida é uma eterna espera, passa um carro o qual entro, e ali mesmo faço o meu trabalho, recebo minha mixaria, compro mais cervejas e cigarros e retorno para casa que é dentro das águas sujas do valão.