terça-feira, 1 de março de 2011

Quando o valão era nascente.


Queria muitas vezes conhecer tuas roupas de cama e o motivo de eu ser assim foi o pecado que tu fizeste para mim.
Vivia linda, na pureza do meu ser, pretendia casar, ter filhos e uma casinha com cerca branca e um dia ser chamada de rainha, infelizmente tu apareceu na minha vida, prometeu-me glória e um futuro lindo, o que no fundo do meu coração, sua rainha tinha deixado o trono e depois regressou com teu filho no colo.
Tentei olhar no fundo dos olhos da criança, mesmo ele não vindo do meu ventre, tentei chama- de filho, fazia pouco tempo que eu tinha deixado minha boneca branca com pele desbotada de meus pequenos braços, o motivo que fiz isso sabe muito bem, com uma voz rouca e possante me chamou de meu amor, minha mulher.
Abandonei tua casa, teus falsos braços  e principalmente os teus lençóis, já que tinhas feito isso comigo, iria para onde regressei o meu valão particular.
Uma garrafa de Belinha comecei a beber para aturar o cheiro dos meus amigos camaradas que ali transpiravam e ejaculavam todos os líquidos dos seus corpos, acariciavam-me com suas mãos calejadas e voltavam para seu ofício, seus lares, suas rainhas.
Infelizmente isso é um ciclo de bobagens, sempre é " desculpa fiz uma bobagem, vacilei", de vacilo a vacilo, bobagem e bobagem eles vão para o plural e foi exatamente isso que ele fez pra mim.
Será que meu príncipe que habita o castelo de diamante ficará com vergonha de mim?
Será?
Essa história ficará bem longa e estou sem tempo de continuar, voltarei para o meu valão particular, porque ali as pessoas depositam todos os seus restos, lixos do corpo e da alma, logo, o cheiro que chamamos de Xurume chamo apenas do perfume da verdade.
Continua...

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