terça-feira, 1 de março de 2011

Interessante seria apenas a vontade de sentir o que somos, será que igual para mim seria igual para ti, fiquei aqui tanto tempo observando, observando, já que minhas mãos deixaram a muito de existir e meu corpo agora deixou de  ser visto a muito tempo.
O velho lugar onde as pessoas costumam sentar e ficar jogando conversa fora, os liquidos servidos em canecos, copos ou qualquer lugar, até mesmo o chão que homens viram cachorros apenas para apreciar a falta de capacidade de sentir o que é sem se alterar.
Fico aqui parado, olhando, mais uma vez olhando, sem motivo aparente ou  esqueci a existência do que ela é feita, para ler a alma e o caminho daqueles que foram esquecidos e passam despercebidos pelas ruas na madrugada.
Trabalhadores noturnos ou diurnos, qual a diferença de luz e trevas, se ambas em excesso podem cegar, será que é melhor ver o eterno branco ou o eterno claro?
Tanto faz na verdade o que precisamos ver está dentro de nós.
Meu caminho está farto de possíbilidades e tristezas, continuo assim, no mesmo lugar, sem motivo aparente , simplesmente por estar.
O que fui, o que sou , o que serei?
Mesmo morto deixei de ter a resposta e aposto minha eternidade que a maioria dos vivos tem a mesma pergunta que eu, e admito com todo o coração, orgão que como eu disse deixou de me pertencer a muito tempo, ninguém tem a resposta, mas, sabe...
-Eu adoria perder essa aposta.







P.s:  Sou o  um espírito zombeteiro e você, sabe o que realmente é?

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